terça-feira, 16 de agosto de 2011

Canal Comedy Central produz programa com Danilo Gentili e aquece para a estreia no Brasil em 2012


RIO - Nos Estados Unidos, o Comedy Central não é apenas um canal de TV: é quase uma instituição do humor americano. No Brasil, diante da crescente força do gênero, nada mais natural que uma versão nacional esteja a caminho. Com estreia marcada para janeiro de 2012, o canal já começa a produzir suas primeiras atrações em solo brasileiro, mostrando que o conteúdo local vai ser uma de suas prioridades. Recém-gravado e comandado por Danilo Gentili, o "Comedy Central apresenta o mês da comédia no Vh1" reúne a nata do stand-up verde e amarelo em um show que, inicialmente, encabeça a programação de setembro do Vh1, com estreia no dia 6, às 23h, e exibição garantida todas as terças e quintas do mês.
Gravado no Comedians Club, em São Paulo, a série especial, com o formato clássico do stand-up, reúne nomes conhecidos dos palcos, como Paulinho Serra (do "Comédia MTV"), Robson Nunes, Enio Vivona, Marcos Castro, Rogério Morgado, Fabio Lins e Nigel Goodman. O programa já desponta como provável atração fixa no novo canal, em esquema de temporadas. Gentili, o host do show, comemora a iniciativa e o novo espaço.
- Posso afirmar que, pela primeira vez no Brasil, é produzido um conteúdo que realmente registra com fidelidade o gênero. Às vezes, em um programa de auditório, chamam um comediante de stand-up por um minuto e, depois, entra um palhaço, uma bailarina... Até hoje, este humorista só participava de shows de calouros. No "Comedy Central apresenta...", ele realmente faz um show - explica Gentili: - E, como mestre de cerimônias, também apresento algumas histórias.
Jimmy Leroy, vice-presidente de criação da Viacom, responsável pelo Vh1 e Comedy Central no Brasil, conta que a iniciativa tem como objetivo dar o primeiro pontapé na produção de conteúdo local e reforçar a marca do novo canal.
- Temos uma expectativa enorme. Na verdade, estamos sentindo que o Comedy Central está sendo superbem recebido antes mesmo de estrear. Vemos que existe uma demanda por esse $do humor - comemora Jimmy.
Entre as produções internacionais confirmadas na grade do Comedy Central está a animação "South Park", atualmente exibida pelo Vh1, além das séries inéditas no Brasil "Happily divorced", "Retired at 35", "The exes" e "Mr. Sunshine". Algumas outras atrações do canal original americano, assim como do Vh1, devem migrar para a versão brasileira, que ainda vai investir em séries de ficção e reality shows.
- Também estamos concentrando esforços em conteúdo online - acrescenta Jimmy.
Se depender do canal - e de Gentili -, o "Comedy Central apresenta..." terá vida longa.
- Tenho algumas ideias que acredito que tenham a ver com o que o Comedy Central representa. Mesmo sem falar inglês, sempre assisti aos seus programas e absorvi muita coisa. Então, tenho alguns projetos em que não estou na frente das câmeras; de dez, dois ou três podem ser interessantes. Mas, com certeza, o canal vai encontrar muitos diamantes para lapidar - acredita o integrante do "CQC".

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Rafinha Bastos, do "CQC", quer fazer carreira internacional


O comediante Rafinha Bastos, 34, é destaque na edição desta quinta-feira do jornal "New York Times". Ele é o apresentador dos programas "CQC" e "A Liga", da Band.
Um longo perfil do humorista, assinado pelo jornalista Larry Rohter, tenta explicar aos americanos quem é Rafinha Bastos, a pessoa mais influente do Twitter, de acordo com pesquisa do próprio jornal.
Ele brincou sobre o fato: "É natural que as pessoas reconheçam que eu sou um gênio".
"A internet é minha casa", disse Rafinha. "Sou uma criatura e fui criado na internet. Tenho muito orgulho disso. A internet me proporcionou construir minha carreira da forma que eu desejava."
A reportagem cita ainda "a onda" de processos que o humorista enfrenta por suas piadas politicamente incorretas.
Na entrevista, ele revela que pretende fazer carreira nos EUA.
"Não quero me apresentar duas ou três noites, quero fazer uma carreira de verdade", contou. Ele fala inglês fluente e morou nos EUA, graças a uma bolsa de estudos que ganhou para jogar basquete por uma faculdade em Nebraska.
"Uma coisa que eu gostaria de tentar é traduzir meu material, quer dizer traduzir literalmente. Sei que algumas piadas que faço aqui, sobre coisas regionais, nunca funcionariam fora. Mas piadas sobre casamento poderiam funcionar assim como várias outras. A única razão pela qual ainda não comecei isso é que há muita coisa acontecendo aqui. Não posso sair daqui [São Paulo] agora. Mas sim, talvez um dia eu faça. Por que não?"
Outra reportagem do mesmo jornal lista como outros expoentes do "novo" humor brasileiro Danilo Gentili, Marco Luque, Marcelo Mansfield, Marcela Leal e Diogo Portugal.

"Originalidade não existe", diz Danilo Gentili, citado no "New York Times" como 'enfant terrible' do humor brasileiro


Classificado em artigo do "The New York Times" como o 'enfant terrible' do humor brasileiro, Danilo Gentili ("Agora é Tarde") falou ao UOL sobre a reportagem, centrada em seu colega de "CQC" Rafinha Bastos e que saiu em edição da última semana do jornal.

"Originalidade não existe. Mas a autencidade é algo inestimável. Se um dia a TV achar que preciso mudar, é sinal de que não sirvo pra ela e nem ela pra mim", disse, comentando o fato de o artigo dizer que ele ainda não foi "domesticado" pela televisão.
Questionado se também tem vontade de fazer carreira internacional, assim como Rafinha Bastos, Gentili disse que "sempre que ele [Rafinha] planeja uma coisa eu planejo exatamente o contrário. Assim fico com a consciência tranquila sabendo que estou buscando o caminho do bem". Leia mais abaixo.
UOL Entretenimento: O “New York Times” disse que o formato ‘talk show’ até agora não o domesticou. Você tem medo de se tornar um apresentador menos ácido, mais 'domesticado'?
Danilo Gentili:
 Se tem uma coisa que aprendi consumindo comédia, quadrinhos, filmes e rock é que originalidade não existe. Mas a autencidade é algo inestimável. Não sou ator, nem sou apresentador. Nunca fui repórter também. O que eu tenho é o que eu sou. Se um dia a TV achar que preciso mudar, é sinal que não sirvo pra ela e nem ela pra mim. Se você assistir meu programa verá que sou eu ali. Quem me conhece num camarim de show sabe que sou exatamente eu ali. E meus companheiros de programa também. O dia que não for mais assim, não será mais divertido e vai perder o sentido eu estar ali. O que eu faço hoje na TV é legal porque tenho liberdade. 
Conheço filho de comediante famoso chatíssimo. Nem tradição salvou ele
Danilo Gentili
UOL Entretenimento: Você acha que o brasileiro pode cansar da comédia stand-up (pela falta de tradição neste tipo de humor)?
Danilo Gentili: Tradição é uma palavra que me remete a coisas chatas. O humor é universal e transgressor por natureza. Logo, tradição não é bem a característica que garante o sucesso de um comediante ou piada. Conheço filho de comediante famoso chatíssimo. Nem tradição salvou ele. Enquanto os comediantes stand-ups forem engraçados, autênticos e fizerem o trabalho com paixão, seja em qual parte do mundo for, o gênero terá seu público. E também quem odeie.
UOL Entretenimento: Assim como Rafinha Bastos, você também almeja carreira internacional?
Danilo Gentili: 
Sempre que ele planeja uma coisa eu planejo exatamente o contrário. Assim fico com a consciência tranquila sabendo que estou buscando o caminho do bem.
UOL Entretenimento: Você comparou humoristas de stand-up aos punks em declaração ao "New York Times". Explique melhor isso, o que os comediantes de stand-up tem a ver com o "faça você mesmo"?
Danilo Gentili: Quando os punks (e o rock) surgiram eram criticados pelos músicos mais convencionais, pois pregavam no cenário musical que qualquer um podia ser músico. Eles deixaram a música mais acessível a todos. E vejo isso hoje. Existe (cada vez menos, mas ainda existe) gente que estudou teatro, fez cursos de interpretação e roteiro com certa resistência em admitir que um cara pode sair de casa, escrever um texto autêntico, fazer as pessoas rirem e atrair uma pequena multidão ao seus shows, ignorando completamente o respeito quase santo que um ator tem pelo palco. Adoro quando um ator me rejeita e diz que não sou ator. Porque não sou mesmo. E adoro também quando dizem que o que eu faço não é teatro, porque nao é! Sou apenas um cara que saiu de casa e escreve uns textos. Vai me assistir quem quer. Fico feliz que muita gente queira até aqui.
UOL Entretenimento: Dos seus colegas de stand-up, quem você realmente acha engraçado?
Danilo Gentili: Murilo Couto, Leo Lins e Marcelo Masnfield. Todos fazem a mesma coisa: stand-up. E todos conseguem ser geniais de uma forma bem diferente da outra. 
UOL Entretenimento: Como seria sua carreira sem o Twitter?
Danilo Gentili: Sem o Twitter seria ótima. Sem a comédia stand-up não seria nada.

domingo, 7 de agosto de 2011

Marcelo Tas vira obra literária


De uma entrevista surge um livro. Essa é a proposta da obra "É rindo que se aprende: Uma entrevista a Gilberto Dimenstein".

Gilberto Dimenstein é, na atualidade, um dos jornalistas brasileiros de maior renome internacional. Ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores, como o Prêmio Nacional de Direitos Humanos e o Prêmio Criança e Paz do Unicef.


Nas lojas a partir do dia 10/08, o livro esquadrinha as facetas do engenheiro, jornalista, apresentador, escritor, diretor, ator, pai e extraterrestre: Marcelo Tas. Como o próprio nome do livro sugere, o jornalista Gilberto Dimenstein descreve o que você, leitor encontrará nas páginas desta obra:

"Você vai encontrar Marcelo Tas metido nas mais diferentes atividades ligadas à arte de expressar, na maioria das vezes levando o humor e a irreverência para diferentes canais, como televisão, rádio, jornal e internet. Ou simplesmente em cima de um palco. Nessa mistura multimeios, ele exerce múltiplos papéis: jornalista, ator, documentarista, apresentador, desenvolvedor de software...Durante a conversa que serviu de base para este livro, ele foi montando o quebra-cabeça de sua história para revelar como o prazer de aprender orientou sua vida e quais foram os personagens que o influenciaram nesse aprendizado. Assim, entre tantas experiências e atividades diferentes que viveu, o foco aqui é mostrar como Marcelo Tas está na vanguarda de um campo novo: a mistura da comunicação com a educação.O livro vai agradar a quem gosta de experiências ligadas à comunicação. Mas também àqueles que se interessam por usar a comunicação para educar. E vai agradar especialmente a quem gosta de ouvir histórias sobre o encanto de aprender. Este livro é, em síntese, uma aula de como se ensina e se aprende rindo."

Junto com o livro virá um DVD com o making off da entrevista, logo abaixo um trecho do vem por aí.